quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Beltane 2

imageE finalmente chega uma das épocas do ano que eu mais gosto, em breve festejaremos Beltane que é um dos Festivais mais bonitos e festivos que ocorre no pico da Primavera.
O Sabbat Beltane comemora a união entre a Deusa e o Deus, representando a fertilidade dos animais e as colheitas do próximo ano. É a bonita celebração da união entre o feminino e o masculino.
Quem é pagão sabe que a busca por essa união é algo comum e constante. Não se deseja ser mais ou menos e sim estar junto para celebrar a natureza, o encontro e a constante caminhada rumo ao infinito. Lindo isso, não acham?
Em Beltane comemoramos a fertilidade, o amor que dá forças a tudo e a todos. O sol retorna com sua intensidade singular possibilitando a continuidade… O Sol está se aproximando do seu apogeu, se fortalecendo, e o seu calor ajuda as plantas e sementes a serem fertilizadas. Os animais brincam e se acasalam.  A Deusa e o Deus agora estão em plena vitalidade e amam-se com toda intensidade. O Deus (o Sol) tem crescido e caminhado para sua face adulta e a Deusa esta no ápice de sua beleza e feminilidade. Eles irão se entregar um ao outro para que a Terra toda celebre essa dança e sinta a fertilidade em suas entranhas…
A palavra Beltane vem do nome do Deus céltico "Bel", que era o senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. "Tane" é uma palavra céltica que significa "fogo". Logo, Beltane quer dizer "Fogo de Bel".
Beltane é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveram da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original é baseado na Florália, um antigo festival romano dedicado a Flora, a Deusa sagrada das flores. Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do Deus Hades da mitologia grega.
O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e o selo-de-salomão. Eles penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas nas próximas estações.
Muita coisa sobreviveu em forma de folclore e foi sendo passado de gerações em gerações: aqueles que moram no interior do país com toda certeza já deve ter pulado fogueira, pisado em brasas com os pés descalços, trançado o mastro com fitas coloridas, dançado quadrilha. Coisas simples que nos levam de encontro as muitas tradições Celtas que não se perderam e tão pouco conseguiu ser apagada da história pelo cristianismo.

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